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Foco na Respiração

Foco na respiração

Explore a prática do pranayama e revitalize-se por inteiro
20/03/2008

Por Renata Reif

Quem respira? Você, eu, todos os seres vivos, animais e vegetais, mesmo porque, sem respiração não há vida. Agora, respirar de forma saudável, quantos o fazem? Relativamente poucos, e apenas aqueles que conhecem e desenvolvem a técnica do pranayama, uma das oito etapas do Yoga, e, que, em sânscrito, significa extensão da força vital (prana=força; ayama = extensão). Com o pranayama aprende-se a assumir o controle consciente do fluxo respiratório, de forma a revitalizar o organismo. Um dos truques é observar com atenção a própria respiração em todas as fases, percebendo o ar entrando pelas narinas e se expandindo no abdome. Sempre de forma lenta e uniforme. Além do que essa percepção nos auxilia a enfrentar as dificuldades e limitações que a vida nos impõe.

“Pela observação das sensações e emoções vivenciadas enquanto essa respiração revigorante se desloca para dentro e para fora de seu corpo, você elevará sua consciência a um novo nível de compreensão”, afirma Scoot Shaw no livro Pranayama, a respiração para revitalização energética. E os benefícios decorrentes dessa prática são plenamente comprovados. A respiração é uma forma simples e natural de vivificar o corpo e a mente. Mesmo assim, não basta apenas ter consciência do fluxo respiratório, conforme afirma o Presidente da Instituição Nacional Dynamic Yoga Center Eduardo Henrique dos Santos Caetano: “o importante é a atitude e estado interno”.

Patanjali escreveu no Yoga Sutra que passar da prática de asana para a de pranayama é um grande passo. Ele alertou que, primeiramente, é preciso construir resistência e estabilidade no corpo e no sistema nervoso por meio das posturas psico-físicas para depois construir uma prática de pranayama. B.K.S. Iyengar afirma que necessitou de muitos anos para superar essa fase de transição. Logo, é preciso praticar. Ana Cristina Nava, do estúdio Prema Yoga, incentiva seus alunos a respirar cada vez mais devagar e de maneira que possam perceber as quatro fases: inspiração, retenção com os pulmões cheios, expiração e retenção com os pulmões vazios.

Iyengar explica como os estágios da respiração no pranayama podem nos conectar como indivíduos à alma universal. Quando inspiramos, convidamos o prana a entrar. Quando interrompemos o fluxo do prana (retenção), organizamos os pensamentos na mente e as experiências do corpo. A duração da retenção varia. É preciso estar com a mente conectada à experiência do corpo para saber quando é hora de expirar. O professor de Power Yoga Julio Fernandes, do estúdio Shivapoint, faz uso do bambu em aula para que o aluno tome consciência das fases e partes baixa, média e alta dos pulmões. Assim, a respiração longa e profunda acalma, solta e relaxa o corpo. E ao regular o fluxo de prana com a distribuição da respiração, a mente se torna silenciosa.

Tente isso
Para regularizar o equilíbrio da respiração, siga os passos deste exercício simples, que dura apenas alguns minutos. Escolha um local calmo e sem ruídos, de preferência isolado das outras pessoas. O horário ideal é ao amanhecer, quando o ar está mais carregado de prana. Você pode fazer o exercício pela manhã, logo ao acordar. Claro que se você fizer o pranayama em algum lugar carregado de energias, muitíssimo melhor. Pode ser na praia, no campo, na montanha.

Sente-se confortavelmente com as costas eretas e os pés apoiados no chão. Feche os olhos e procure relaxar, deixando a mente tranqüila. Lembre-se de limpar as narinas. Fabiana Cunha, professora de Hatha Yoga, sugere o nadi shodhana (respiração alternada), pois regula as polaridades energéticas. “É simples e fácil e acalma a mente para meditação.” Inicie o exercício comprimindo suavemente a narina direita com o polegar exalando pela narina esquerda. Inale gentilmente pela narina esquerda, enchendo os pulmões de ar; feche a narina esquerda com o dedo indicador, exalando leve e lentamente pela narina direita, repetindo o processo de alterar as narinas durante cinco minutos. Depois, recoste-se e permaneça de olhos fechados por dois ou três minutos. Medite, faça um exercício de visualização criativa para a autocura ou simplesmente esvazie a mente, sem nenhuma intenção. Livre-se dos maus hábitos respiratórios. Não custa nada e os benefícios são imediatos!

Fonte: www.eyoga.com.br

 

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